segunda-feira, 28 de novembro de 2011

TEE Pykakwatynhre realiza primeira reunião após pactuação


        Nos dias 24 e 25 de novembro, o município de São Félix do Xingu sediou a primeira reunião da Comissão Gestora do Território Etnoeducacional Pykakwatynhre, após a pactuação no mês de outubro de 2010.
            Lideranças de todas as aldeias das terras indígenas Badjunkore, Baú, Kayapó, Las Casas, Menkragnotire e  Xinkrin (Cateté, Djujdekô e Ô’odja), representantes dos municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Guarantã do Norte, Parauapebas, Pau D’Arco, Santana do Araguaia e os anfitriões de São Félix do Xingu e ainda representantes do MEC e da FUNAI (CR e Brasília), da Associação Floresta Protegida e do Conselho Indigenista Missionário – CIMI.


            A reunião debateu o regimento do território, alterou dados quanto às aldeias contempladas, discutiu a composição das comissões gestoras e de articulação, atualizou o plano de trabalho do território para o próximo ano e ainda realizou encaminhamentos gerais.
            A Secretaria Executiva de Educação e Cultura de São Félix do Xingu deu suporte total à reunião, garantindo o sucesso do evento. A presença do Coordenador de Educação Indígena do MEC – Gersen dos Santos Luciano Baniwa – foi determinante para os encaminhamentos da reunião, pois este prestou informações relevantes para os municípios e ainda contribuiu com sua vasta experiência nas discussões e decisões.

A reunião foi um sucesso na avaliação de todos os presentes. Os indígenas participaram ativamente de todos os debates, os municípios participantes – alguns iniciantes no que tange ao TEE – puderam acessar informações e contatos e, com isso, a educação indígena Mebengokré/Kayapó, Xikrin e Menkragnotire fica cada vez mais fortalecida e com maiores perspectivas de avanço.
            A plenária elegeu o município de Guarantã do Norte, no estado do Mato Grosso, como a sede da próxima reunião da comissão, prevista para o mês de maio do próximo ano.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Alunos fazem visita acadêmica à aldeia Turedjam


A turma do 2º ano do ensino médio da Escola Pitágoras, localizada no município de Ourilândia do Norte – PA, visitou no dia 16 deste mês a aldeia Turedjam, localizada na Terra Indígena Mebengokré/Kayapó, também em Ourilândia do Norte.


Como é padrão da cultura Mebengokré/Kayapó, os alunos foram recebidos cerimoniosamente com cantos e danças das crianças e dos guerreiros, além de discurso dos caciques e professores.
Acompanhados pelos professores de História, Biologia e Língua Portuguesa, os discentes caminharam em áreas de floresta para observar e catalogar espécies animais e ainda realizaram entrevista coletiva com alguns membros da comunidade, a fim de conhecer melhor sua cultura e modo de vida.

 A interação com a comunidade foi total. Os alunos jogaram vôlei, foram pintados por mulheres da aldeia e ainda adquiriram artefatos da cultura Mebengokré/Kayapó, de modo a contribuir com a geração de renda de algumas famílias.
A CR Tucumã mediou todo o processo: consultou a comunidade para a realização da visita, proferiu palestra aos alunos de forma a esclarecer aspectos do indigenismo e da cultura Mebengokré/Kayapó e ainda acompanhou as atividades durante a visita.
A atividade foi muito positiva para todos. Os alunos vivenciaram parte do cotidiano da aldeia e interagiram com todos, especialmente os jovens. A comunidade pôde apresentar sua cultura e modo de ser, o que contribui para a quebra de conceitos negativos e também para o fortalecimento de sua identidade.


Mebengokré/Kayapó participam de Oficina sobre o PBA Onça Puma


Nos dias 08, 09 e 10 ocorreu na cidade de Ourilândia do Norte a Oficina Participativa do PBA Onça Puma. Participaram do evento os servidores da FUNAI de Redenção, Tucumã e São Félix do Xingu, funcionários da empresa Vale S.A, membros da Associação Floresta Protegida, a equipe técnica elaboradora dos projetos apresentados e ainda as lideranças indígenas das aldeias Aukre, Gorotire, Kendjam, Krenhmaiti, Kikretum, Kokokuedja, Kranhkrô, Kriny, Kubenkrankenh, Moikarakô, Ngomeity, Piokrotikô, Pykararankre, Rikarô, Rio Vermelho e Turedjam.
  A oficina foi o momento de apresentação dos projetos que comporão o PBA – Plano Básico Ambiental – Kayapó, onde os indígenas puderam conhecer as propostas dos projetos, sanar dúvidas e opinar sobre as ações.
            O PBA Onça Puma corresponde a projetos que objetivam minimizar os impactos causados pelo empreendimento às comunidades Kayapó. Vale ressaltar que as comunidades não serão impactadas diretamente pelas atividades da mineradora, especialmente quanto ao meio ambiente.


Os projetos atendem às linhas de impactos identificados em estudos realizados pela equipe técnica responsável pelo PBA. Correspondem a ações de infra-estruturaurbana, monitoramento territorial, apoio às iniciativas comunitárias, educação indígena e capacitação de profissionais não-indígenas.
            A oficina foi conduzida pela equipe contratada para a elaboração dos projetos, sempre com espaço aberto à participação dos indígenas e ainda com neutralidade e compromisso com a compreensão e o esclarecimento das lideranças presentes.

            O evento foi avaliado como muito positivo por todos os participantes. Os indígenas aceitaram todas as propostas apresentadas, sem deixar de incluir pontos que consideraram pertinentes. O PBA será finalizado, com a inclusão dos pontos discutidos na oficina e, em seguida, encaminhado à CGGAM – Coordenação Geral de Gestão Ambiental da FUNAI, para que esta analise e possa dar o parecer técnico que, em caso positivo, autoriza a execução dos projetos.

            Os indígenas encerraram a oficina em clima festivo, dançando e cantando para demonstrar a alegria e a importância do momento. O desejo agora é de que o processo burocrático possa ser finalizado o quanto antes para que os projetos sejam executados e, assim, tragam benefícios para todas as comunidades contempladas.