Ao longo do ano de 2011, muitos líderes indígenas apresentaram a demanda pelo cultivo do cacau, que é uma árvore frutífera com potencial agrícola para geração de renda e sustentabilidade ambiental, pois é uma espécie que necessita ser cultivada em sistema de consórcio para se estabelecer.
Nesta ocasião, houve a participação de sete agricultores indígenas das aldeias Aúkre, Apeity, Ngomeity, Kikretum, Moikarakô e Turedjam, representando a comunidade Mebengokré – Kayapó.
A programação do evento foi dividida entre palestras e oficinas em que diversos temas foram abordados. Dentre eles, destaca-se “Dia de campo: Formação de Cacauais”, que ocorreu em propriedades de agricultores com certa experiência no cultivo. Foi uma oportunidade de troca de experiências entre os participantes e também de muito aprendizado.
As palestras foram ministradas por pesquisadores, professores e técnicos da CEPLAC. As organizações que estiveram presentes partilhando informações foram: IMAZON, UFPA, SAGRI / OCB e SEMA.
Sob os olhos atentos dos indígenas, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) foram identificados pelos mesmos nas falas dos palestrantes que reforçaram a prática deste cultivo para agregar valor, garantir a diversidade e a rentabilidade na produção. Em tempos de compromisso ambiental, SAF é uma prática adequada, pois respeita a dinâmica da floresta, melhorando a renda dos agricultores, sem gastos excessivos em função do uso adequado do solo. Neste ponto, o cacau mais uma vez desponta como promessa de atividade para os indígenas do Pará.
As atividades foram acompanhadas pelos técnicos da FUNAI que acreditam ser uma oportunidade para o início de um trabalho que pode contribuir na promoção da autonomia econômica para os povos indígenas Mebengokré – Kayapó.
Lindo trabalho Milena!
ResponderExcluirQuem vê assim tudo organizado e bonito na foto não faz ideia de todo o trabalho que há por trás!
Mérito seu e da sua competência!
E também da Maria Emília, nossa parceira de todas as horas!